França

França desarticula rede colombiana de prostituição em Paris

Segundo uma das fontes próximas do caso, a denúncia procedia de uma mulher prostituída pela rede, que acusava seus membros de maus-tratos

A Justiça francesa indiciou na segunda-feira cinco pessoas por pertencerem a uma rede que prostituía mulheres colombianas e supostamente era liderada por uma colombiana conhecida como Lady J., indicaram, nesta sexta-feira (15), à AFP fontes próximas do caso.

A investigação começou em 16 de maio de 2023 com base em "informações anônimas" que recebeu do Escritório Central de Repressão ao Tráfico de Seres Humanos (OCRTEH, na sigla em francês), indicou à AFP a Promotoria de Paris.

As informações indicavam a existência de "uma rede em torno de um núcleo familiar" que atuava em "diversas regiões" da França.

Segundo uma das fontes próximas do caso, a denúncia procedia de uma mulher prostituída pela rede, que acusava seus membros de maus-tratos.

Em custódia policial, a principal suspeita, Lady J., de 37 anos, admitiu que "ajudou mulheres a se prostituírem", mas negou "as condiciones descritas pelos investigadores" e que teria se beneficiado de "importantes fluxos financeiros", de acordo com uma segunda fonte.

Entre os suspeitos detidos figuram seu marido, seu irmão e um de seus clientes, que se tornou seu amante.

Os investigadores acusam seu esposo, de nacionalidade romena, de "conduzir" as mulheres prostituídas e de "enviar dinheiro", detalhou uma das fontes próximas do caso.

O amante é um homem de 50 anos. O promotor o acusou de ajudar Lady J. "recolhendo dinheiro para ela", "transportando prostitutas" e "reservando hotéis", de acordo com a audiência perante o juiz encarregado de decidir sobre sua prisão preventiva.

A mulher, que se apresentava como prostituta e manteve relações sexuais pagas com ele, lhe dizia que estava "em uma situação delicada e ele só pensava que a estava ajudando", respondeu sua advogada durante a audiência, à qual a AFP assistiu.

"Sua história é a de um amante transitório manipulado", que "desperdiçou sua herança por ela", acrescentou a advogada.

Ao contrário dos outros suspeitos, a Justiça não decretou prisão preventiva para o filho de Lady J., acusado de cafetinagem através de uma organização criminosa, mas deverá cumprir controles judiciais.

Os diferentes advogados dos detidos não quiseram realizar declarações.

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