EUA

Vice-presidente dos EUA expressa 'preocupação' por crise humanitária em Gaza

Kamala Harris, expressou sua "profunda preocupação" pela crise em Gaza ao membro do gabinete de guerra israelense

A vice-presidente de Estados Unidos, Kamala Harris, expressou sua "profunda preocupação" pela crise humanitária em Gaza durante uma reunião nesta segunda-feira (4) com Benny Gantz, membro do gabinete de guerra israelense, informou a Casa Branca em um comunicado.

"[Kamala] instou Israel a tomar medidas" para aumentar a entrada de ajuda no território ameaçado pela fome, diz a nota.

Também saudou "o enfoque construtivo" das autoridades israelenses nas negociações em curso para a libertação dos reféns retidos em Gaza, que deveria se traduzir em uma suspensão temporária das hostilidades com o grupo islamista Hamas.

A democrata "pediu ao Hamas que aceite as condições que estão sobre a mesa para a libertação dos reféns, o que daria lugar a um cessar-fogo imediato de seis semanas e permitiria um aumento da ajuda humanitária".

A reunião com Gantz aconteceu sem acesso para a imprensa.

A visita a Washington deste ex-ministro da Defesa, membro do gabinete de guerra, mas também rival político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, está causando rebuliço em Israel.

Um porta-voz da Casa Branca, John Kirby, indicou que a visita foi por iniciativa de Gantz, cujo programa incluía reuniões com o assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e com o secretário de Estado, Antony Blinken.

"Estamos tratando com todos os membros do gabinete de guerra, incluído o ministro Gantz", e sua chegada "é uma extensão natural dessas discussões", afirmou.

"Um membro do gabinete de guerra quer vir aos Estados Unidos, quer falar conosco sobre a evolução do conflito, nos dá a oportunidade de discutir a importância de aumentar a ajuda humanitária e chegar a um acordo sobre os reféns. Não vamos nos privar desta oportunidade", explicou Kirby.

A guerra em Gaza explodiu após o ataque sem precedentes de comandos do Hamas em Israel, em 7 de outubro, no qual morreram cerca de 1.160 pessoas, sobretudo civis, segundo um balanço feito pela AFP a partir de dados israelenses.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixou pelo menos 30.534 mortos no território palestino controlado pelo Hamas, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

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