O governo dos Estados Unidos apresentou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) um projeto de resolução dos conflitos em Gaza, que deve ser votado na reunião do Conselho de sexta-feira (22/3). De acordo com o secretário americano de Estado, Anthony Blinken, o país pede "um cessar fogo imediato ligado à libertação dos reféns". "Esperamos sinceramente que os países apoiem", afirmou ao canal saudita Al Hadath.
"Claro, apoiamos Israel e o seu direito de se defender, de garantir que o 7 de Outubro nunca mais aconteça. Mas, ao mesmo tempo, é imperativo que nos concentremos nos civis que estão em perigo e que sofrem tão terrivelmente", completou Blinken.
De acordo com os norte-americanos, os EUA vêm trabalhando com membros do Conselho há semanas para uma resolução do conflito em Gaza. Essa trégua deve "fazer parte de um acordo sobre os reféns que permita a libertação de todos eles e contribua para aumentar a ajuda humanitária", alegou Nate Evans, o porta-voz da embaixada dos Estados Unidos na ONU.
Com poder de veto no Conselho da ONU, os Estados Unidos derrubaram cinco propostas anteriores de cessar-fogo em Gaza, a última delas realizada pelo governo argelino no mês passado. O representante dos EUA no Conselho vetou o documento ao alegar que ele não previa o direito de defesa de Israel.
O governo norte-americano vem mudando o tom em relação ao conflito nas últimas semanas, com destaque para as falas de Joe Biden com relação ao grande número de civis mortos na Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde da região, mais de 27 mil palestinos morreram por causa do conflito armado.
A proposta dos Estados Unidos é centrada no apoio aos esforços diplomáticos para obter uma trégua de seis semanas, em troca da libertação dos reféns israelenses mantidos em território palestino. Israel afirma que 130 reféns continuam retidos em Gaza.
Com informações da Agência France-Presse
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