O presidente de Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversaram por telefone nesta segunda-feira (18) pela primeira vez em mais de um mês, informou a Casa Branca, em meio a uma crescente tensão pela ofensiva na Faixa de Gaza.
Desde a última ligação, em 15 de fevereiro, Biden tem sido cada vez mais crítico em relação ao número de mortos palestinos e à grave situação humanitária em Gaza devido à ofensiva militar israelense, em resposta aos ataques do movimento islamista Hamas em 7 de outubro.
Eles falaram sobre "os últimos acontecimentos em Israel e Gaza, incluindo a situação em Rafah e os esforços para aumentar a ajuda humanitária", indicou a Casa Branca em um comunicado, no qual afirmou que informará mais detalhes posteriormente.
Netanyahu rejeitou a pressão de Washington e prometeu recentemente levar adiante um plano de ofensiva na cidade de Rafah, em Gaza.
Segundo a nota publicada pelo gabinete do primeiro-ministro, ele declarou a Biden que está determinado a "alcançar todos os objetivos da Guerra" em Gaza, entre eles, "a eliminação do Hamas".
Biden alertou contra qualquer operação em Rafah sem um plano "crível" para proteger mais de um milhão de civis. Há duas semanas, o presidente americano afirmou que teria uma reunião séria com o primeiro-ministro israelense.
Biden elogiou o "bom discurso" do líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, na semana passada, no qual pediu novas eleições em Israel.
Ele disse que Schumer, o oficial judeu de mais alto escalão nos Estados Unidos, "expressou séria preocupação compartilhada não apenas por ele, mas por muitos americanos".
Perante o alerta da ONU sobre uma fome iminente em Gaza, no início do mês Biden ordenou ao seu Exército que lançasse alimentos por via aérea sobre o território palestino e criará um corredor marítimo com o mesmo objetivo.
Os Estados Unidos fornecem milhares de milhões de dólares em ajuda militar a Israel, seu aliado próximo.
A campanha de Israel em Gaza começou após o ataque sem precedentes do grupo palestino Hamas, em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.160 mortos em território israelense, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais.
Desde então, quase 32 mil pessoas morreram em Gaza, a maioria delas mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa o território.
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