HORROR NO ORIENTE MÉDIO

Alimentos chegam a Gaza em meio a bombardeios

Pelo menos 63 pessoas morreram, nas últimas 24 horas, na área em guerra, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza

Chegada de ajuda humanitária da ONG World Central Kitchen (WCK) -  (crédito:  AFP)
Chegada de ajuda humanitária da ONG World Central Kitchen (WCK) - (crédito: AFP)

A chegada a Gaza do navio humanitário Open Arms, carregado com 200 toneladas de alimentos da organização World Central Kitchen (WCK) para os palestinos que ali estão, neste fim de semana, é interpretada por especialistas, segundo a AFP, como um indício para uma trégua na guerra, que dura seis meses. Apesar da esperança de um acordo, só na última noite, houve 60 bombardeios e "combates violentos" em Khan Yunis, no sul, e Zeitun, na Cidade de Gaza, conforme o Hamas.

Pelo menos 63 pessoas morreram, nas últimas 24 horas, na área em guerra, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo movimento radical islâmico. Apenas durante o bombardeio a uma casa em Nuseirat, centro do território, 36 pessoas morreram. 

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que teme a fome generalizada no território palestino, especialmente no norte, devastado pela guerra e de difícil acesso. Médicos informaram que os bebês nascidos em meio à guerra têm peso e tamanho inferiores aqueles que vêm ao mundo em situação de normalidade. Vários países seguem no esforço de apoiar a ajuda humanitária. A Alemanha anunciou que conseguiu com sucesso o primeiro lançamento de ajuda no norte de Gaza.

Trégua

Ao propor uma trégua de seis semanas, o Hamas exige a troca de 20 a 50 reféns palestinos por cada um dos 42 reféns israelenses — mulheres, crianças, idosos e doentes. Também quer a "retirada do Exército de todas as cidades e áreas povoadas", o "retorno irrestrito dos deslocados" e a entrada diária de pelo menos 500 caminhões de ajuda humanitária em Gaza.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que os países mediadores — Estados Unidos, Egito e Catar — trabalham "constantemente" para chegar a um acordo. No momento em que as forças internacionais buscam um acordo de paz e advertem sobre o agravamento da situação, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou os "planos de ação" do Exército para realizar uma operação terrestre em Rafah — área em que há 1,5 milhão de palestinos.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelou a Israel a desistir de atacar Rafah "em nome da humanidade"."Estou profundamente preocupado com os relatos sobre um plano israelense de realizar um ataque terrestre contra Rafah", disse. "Causaria ainda mais mortes e sofrimento", acrescentou ele na rede social X.

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postado em 17/03/2024 05:28
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