O presidente da Argentina, Javier Milei, revogou o decreto que aumentava em quase 50% o seu salário e de ministros, 20% a mais que o reajuste concedido no salário mínimo para trabalhadores em uma decisão de 21 de fevereiro.
Após diversas críticas em relação ao decreto, Milei declarou que irá revogar a medida com a justificativa de que a decisão do aumento veio da ex-presidente Cristina Kirchner.
"Acabo de ser informado que em decorrência de um decreto assinado pela ex-presidente Cristina Kirchner em 2010, que estabelecia que os dirigentes políticos deveriam ganhar sempre mais que os funcionários da administração pública, foi concedido um aumento automático aos quadros políticos deste governo", escreveu em uma rede social.
O gabinete presidencial também emitiu uma nota justificando que o aumento teria sido aprovado de forma automática devido ao decreto assinado pela ex-presidente. "A situação herdada é crítica, e os argentinos estão fazendo um sacrifício heroico. É tempo de os políticos pagarem o custo do que provocaram", afirmou o governo.
Oposição
Cristina Kirchner rebateu as acusações do atual presidente da Argentina. Em um post publicado em uma rede social, Kirchner disse que Milei está destruindo as pensões e os salários dos argentinos.
"Quero pensar que o senhor lê o que assina, não é? No [decreto sobre aumento] de janeiro, o senhor não incluiu expressamente as autoridades, e no de fevereiro o senhor e os seus funcionários foram incluídos", disse Kirchner.
A ex-presidente da Argentina rebateu ainda que o decreto foi assinado por ela há 14 anos e não tem nada a ver com o atual reajuste salarial do presidente.
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