Zelensky acusa Trump de estar 'ao lado' de Putin

O presidente ucraniano disse que não acredita que Trump, favorito para a indicação republicana com vistas às presidenciais de novembro, entenda Putin, embora tenha se reunido com ele durante seu mandato

"Acredito que Donald Trump não conhece Putin", afirmou Zelensky. "Não acredito que entenda que Putin nunca irá parar", disse Zelensky

Angela Weiss/AFP

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusou Donald Trump de estar "ao lado" do mandatário russo, Vladimir Putin, e alertou que milhares de pessoas podem morrer sem a nova ajuda americana a Kiev. 

O líder ucraniano deu uma entrevista à CNN em um momento no qual o presidente americano, Joe Biden, tenta convencer os republicanos da Câmara dos Representantes a autorizarem o desembolso de 61 bilhões de dólares (303 bilhões de reais) adicionais para a Ucrânia. 

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Segundo trechos da entrevista publicados nesta segunda (26), Zelensky disse que ele "não consegue entender como Donald Trump pode estar ao lado de Putin", chamando isso de "inacreditável". 

Zelensky disse que não acredita que Trump, favorito para a indicação republicana com vistas às presidenciais de novembro, entenda Putin, embora tenha se reunido com ele durante seu mandato. 

"Acredito que Donald Trump não conhece Putin", afirmou Zelensky. "Não acredito que entenda que Putin nunca irá parar". 

Trump qualifica de desperdício a ajuda à Ucrânia e tem tentado vincular o debate sobre o país a um reforço das políticas migratórias para frear a entrada de migrantes pela fronteira com o México. 

J.D. Vance, um senador republicano que simpatiza com Trump, disse, neste mês, na Conferência de Segurança de Munique, que a ajuda americana "não vai mudar fundamentalmente a realidade no campo de batalha". 

Zelensky convidou Vance a visitar a linha de frente: "Compreenderá que milhões de pessoas serão assassinadas" sem uma nova ajuda americana. 

Recentemente, a Rússia conquistou a cidade de Avdiivka, na região oriental de Donetsk, e as tropas ucranianas afirmaram que se viram obrigadas a racionar munição devido à escassez de projéteis.