O governo russo enviou assassinos que mataram, na semana passada na Espanha, um militar russo que desertou com o seu helicóptero no ano passado, publicou nesta quinta-feira (22/2) o jornal madrileno El País, que citou fontes dos serviços de inteligência espanhóis.
"Os serviços de inteligência espanhóis não têm dúvidas de que a longa mão do Kremlin está por trás de um crime sem precedentes na Espanha: o assassinato de Maxim Kuzminov em Alicante", escreveu o jornal.
A única dúvida é se o Serviço de Inteligência Estrangeiro Russo (SVR), o Serviço de Segurança Federal (FSB) ou o Serviço de Inteligência Militar (GRU) estão por trás da operação, afirmaram fontes de inteligência ao jornal, que, no entanto, destacaram que será "muito difícil" obter provas incriminatórias.
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O El País cita ainda "fontes diplomáticas" que qualificam o assunto como "muito grave" e segundo as quais a Espanha dará uma "resposta contundente" caso se confirme o envolvimento das autoridades russas.
A morte de Kuzminov, confirmada pela inteligência militar ucraniana (GUR) e celebrada pelo governo russo, permanece rodeada por mistério, já que as autoridades espanholas ainda não confirmaram que o corpo crivado de balas encontrado no dia 13 de fevereiro na costa espanhola é o de Kuzminov
Vários veículos de comunicação espanhóis afirmaram na segunda-feira que o corpo, que carregava uma identidade falsa, era o de Kuzminov.
Uma porta-voz da Guarda Civil, corpo armado que lidera as investigações, disse nesta quinta-feira à AFP que não tem novas informações sobre o caso, enquanto o Ministério do Interior se recusou a comentar.
O Ministério da Defesa, ao qual respondem os serviços de inteligência espanhóis, limitou-se a dizer à AFP que "devemos deixar a Guarda Civil fazer o seu trabalho e deixar a investigação progredir", posição oficial do Governo espanhol.
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