O ex-presidente americano Donald Trump quebrou o silêncio sobre a morte do opositor russo Alexei Navalny, nesta segunda-feira (19), com uma declaração em que evitou criticar o Kremlin, mas descreveu o ocorrido como um sinal de declínio dos Estados Unidos.
Navalny faleceu na última sexta-feira (16) em circunstâncias desconhecidas, aos 47 anos, em uma prisão russa no Ártico, o que deixou a oposição russa no exílio em choque, bem como o Ocidente, onde diversos líderes atribuíram a culpa por sua morte ao presidente russo, Vladimir Putin, e às autoridades de Moscou.
Em uma mensagem em sua rede social Truth Social, o republicano declarou nesta segunda que "a morte repentina" do opositor russo o deixou "cada vez mais consciente do que está acontecendo" nos Estados Unidos, que descreveu como uma "nação em decadência".
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"É uma progressão lenta e constante, com políticos, procuradores e juízes corruptos e de esquerda radical que nos levaram pelo caminho da destruição", ressaltou.
Trump denunciou "fronteiras abertas, eleições manipuladas e decisões judiciais grosseiramente injustas" em seu país.
A publicação, contudo, não cita o governo russo, nem Putin na mensagem.
Favorito nas primárias republicanas para obter a indicação do partido às eleições presidenciais de novembro, Trump até então não havia se pronunciado sobre a morte do opositor.
Seu silêncio inicial havia suscitado críticas de sua principal adversária à nomeação republicana, a ex-embaixadora da ONU Nikki Haley.
"O fato de ele não querer reconhecer nada com Navalny... Ou ele está do lado de Putin e acha que está tudo bem que Putin tenha matado um de seus oponentes políticos, ou ele simplesmente não acha que isso seja grande coisa", disse Haley no programa "This Week", da rede ABC.
Recentemente, o empresário surpreendeu seus aliados ocidentais ao dizer que "encorajaria" a Rússia a atacar membros da Otan que não tivessem cumprido suas obrigações financeiras.
Alguns adversários da extrema direita americana declaram há anos sua admiração pelo presidente russo, incluindo Trump, que tem um histórico de elogiar o líder do Kremlin, chamando-o, por exemplo, de "gênio".
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