A viúva do opositor russo Alexei Navalny acusou nesta segunda-feira (19) o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de matar o seu marido, e prometeu que continuará lutando pela "liberdade" do seu país.
"Há três dias, Vladimir Putin matou o meu marido, Alexei Navalny. Putin matou o pai dos meus filhos", disse Yulia Navalnaya, contendo as lágrimas em um vídeo publicado nesta segunda-feira nas redes sociais.
"Com ele, (Putin) queria matar o nosso espírito, a nossa liberdade, o nosso futuro", acrescentou.
As autoridades penitenciárias disseram que Navalny morreu depois de perder a consciência após uma caminhada na sexta-feira na remota prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.
"Eles não conseguiram quebrar meu marido, foi por isso que Putin o matou", disse Navalnaya, acrescentando que Alexei foi "maltratado, isolado do mundo" e "mesmo assim não desistiu".
A esposa do opositor prometeu descobrir "quem cometeu este crime" e em quais circunstâncias.
"Vou continuar o trabalho de Alexei Navalny. Vou continuar pelo nosso país, com vocês. Peço a todos que estejam ao meu lado (...). Não é uma vergonha fazer pouco, é uma vergonha não fazer nada, é uma vergonha se permitir ter medo", declarou.
A sua notoriedade levou alguns apoiadores de Navalny a sonhar com um futuro político para ela, ainda antes de o opositor e ativista anticorrupção ser preso.
"Sabemos exatamente por que Putin matou Alexei há três dias... definitivamente descobriremos exatamente quem executou esse crime e como foi executado. Daremos nomes e mostraremos rostos", disse ela.
No dia em que a morte de Navalny foi anunciada, Yulia Navalnaya pediu entre lágrimas que Vladimir Putin fosse "punido".
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