O ator Michael J Fox, que convive com a doença de Parkinson há décadas, fez uma aparição surpresa nos Prêmios Bafta — o principal prêmio da indústria do cinema britânico — levando a plateia às lágrimas.
O ator de 62 anos, famoso pela série de filmes De Volta para o Futuro, subiu ao palco em uma cadeira de rodas, mas insistiu em ficar de pé no pódio para entregar o prêmio de melhor filme a Oppenheimer de Christopher Nolan.
Fox foi aplaudido de pé, com muitos telespectadores postando nas mídias sociais que começaram a chorar ao vê-lo subir ao palco.
Fox foi diagnosticado na década de 1990 e raramente faz aparições públicas hoje em dia.
Um documentário sobre sua vida — Still: Ainda Sou Michael J. Fox— foi indicado para melhor documentário, mas perdeu para 20 Dias em Mariupol.
Ao chamar Fox ao palco do Royal Festival Hall de Londres, onde foi realizada a cerimônia do Bafta, o apresentador David Tennant o descreveu como uma "verdadeira lenda do cinema".
No palco, Fox disse que o cinema é como uma "mágica" que pode "mudar sua vida".
Ele disse: "Cinco filmes foram indicados nesta categoria esta noite e todos os cinco têm algo em comum. Eles são o melhor que fazemos."
Ele disse que o cinema é algo que une as pessoas, "não importa quem você é ou de onde você vem".
"Há uma razão pela qual dizem que os filmes são mágicos, porque os filmes podem mudar o seu dia. Isso pode mudar sua perspectiva. Às vezes, pode mudar sua vida."
Os usuários das redes sociais reagiram rapidamente à aparição de Fox no X, antigo Twitter. A entrega dos Baftas foi televisionada no Reino Unido. Um usuário disse que estava "em lágrimas" logo que viu Fox subir ao palco.
"Herói absoluto", escreveu outro.
"Ele é uma lenda e um ser humano maravilhoso", acrescentou um terceiro.
Fox fundou a Fundação Michael J Fox para Pesquisa do Parkinson em 2000. De acordo com a CBS News, a Fundação arrecadou quase R$ 2 bilhões.
Estima-se que a doença de Parkinson, uma condição na qual partes do cérebro são progressivamente danificadas ao longo de muitos anos, afeta cerca de 200 mil pessoas no Brasil.
A fundação britânica Parkinson UK diz que se trata da "condição neurológica que mais cresce no mundo".