Os Estados Unidos declararam, nesta quinta-feira (15/2), estarem ameaçados por uma nova arma supostamente desenvolvida pela Rússia. A acusação começou a circular ainda na quarta-feira (14/2), quando o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Turner, fez publicações a respeito de uma “séria ameaça à segurança nacional”. Após as afirmações alarmantes, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, esteve no Capitólio para confirmar a acusação contra o governo de Vladimir Putin e explicar o poder da arma que estaria sendo desenvolvida.
Segundo o porta-voz, a tecnologia russa se trata de uma arma antissatélite, dispositivos utilizados para atacar satélites artificiais. “Não estamos falando de uma arma que possa ser usada para atacar seres humanos ou causar destruição física”, disse o porta-voz.
O poderio da arma estaria no uso estratégico da destruição de satélites ocidentais, de acordo com os EUA .Os satélites são usados para uma série de funções além do estabelecimento de linhas de comunicação, que ocorre entre civis e bases militares. Entre os usos, está, por exemplo, a coleta de dados de inteligência de países inimigos.
Kirby disse ainda que, embora preocupante, a tecnologia não representa uma ameaça imediata, já que a Rússia ainda estaria na fase de desenvolvimento. Durante a fala, o porta-voz optou por “não antecipar discussões” e afirmou que o governo estuda o melhor momento para divulgar mais informações sobre a inteligência que estaria sendo desenvolvida. “Temos monitorado de perto essa atividade russa e continuaremos a levar isso muito a sério”, declarou.
Vale lembrar que, embora os EUA tenham alertado a suspeita, não há mais provas de que a Rússia esteja de fato desenvolvendo a arma antissatélite. Em respostas às acusações, o o governo russo chamou as alegações de "infundadas". “Se eles fazem declarações, deveriam ser acompanhadas de evidências", declarou o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov.
A Rússia ainda alegou que a acusação se trata de um “truque” utilizado pelo governo de Joe Biden para aprovar a ajuda à Ucrânia, que está com votação bloqueada na Câmara dos Representantes. O projeto prevê um pacote de US$ 60 bilhões (R$ 298 bilhões) destinado ao país europeu.
Saiba Mais
-
Mundo Lula acusa países ricos de covardia e Israel de contrariar CIJ por invasão a Rafah
-
Mundo Qual a importância do retorno das relações diplomáticas entre Cuba e Coreia do Sul?
-
Mundo Por que Israel invadiu o maior hospital no sul da Faixa de Gaza
-
Mundo Putin: Rússia prefere Biden a Trump, por ser mais experiente e previsível
-
Mundo Cuba promove incentivos salariais para médicos permanecerem no país
-
Mundo Julian Assange 'morrerá' se for extraditado para os EUA, diz esposa