O Tribunal de Cassação francês rejeitou definitivamente nesta quarta-feira (14) o caso sobre acusações de estupro em 2009 contra o ministro do Interior, Gérald Darmanin, do governo do presidente Emmanuel Macron.
O tribunal superior confirmou que arquivou a queixa apresentada por Sophie Patterson-Spatz, que a Justiça havia ordenado em primeira instância em 2022 e em recurso um ano depois.
"Esta decisão marca o ponto final de um procedimento que dura sete anos para eventos que supostamente datam de quase 15 anos", celebraram os advogados de Darmanin, Mathias Chichportich e Pierre-Olivier Sur.
Sophie Patterson-Spatz, de 52 anos, o denunciou pela primeira vez em 2017 por atos que teriam ocorrido em Paris em 2009, quando Darmanin fazia parte do serviço jurídico do partido de direita UMP.
Na época, ela entrou em contato com o agora ministro para obter o seu apoio na revisão de uma condenação de 2005 por chantagem e ligações mal-intencionadas de um ex-namorado.
Segundo a mulher, durante uma festa, Darmanin, que na momento tinha 26 anos, deu a entender o seu possível apoio por meio de uma carta que enviaria ao Ministério da Justiça, em troca de uma relação sexual.
Ambos admitiram que tiveram relações sexuais, mas Patterson-Spatz afirmou que foi forçada. O ministro do Interior alegou ter cedido aos "encantos" de uma mulher "atrevida".
Embora o caso o perseguisse desde 2017, o presidente de centro-direita promoveu o seu então ministro das Contas Públicas para a pasta do Interior em 2020, cargo que renovou em 2022 após a sua reeleição.
Vários ministros de Macron estiveram envolvidos em acusações de estupro, apesar do combate à violência contra as mulheres ser uma das suas promessas eleitorais.
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