O governo de Olaf Scholz apresentou, nesta terça-feira (13), uma série de medidas para combater a extrema direita, atacando em particular o seu financiamento, em uma Alemanha em choque após a revelação de uma reunião secreta de extremistas que planejavam como expulsar estrangeiros.
Ao receber com satisfação a recente manifestação de "centenas de milhares de cidadãos" contra os extremistas e o racismo – após a revelação dessa reunião em janeiro – a ministra do Interior, Nancy Faeser, detalhou as medidas para combater o que considera ser "a maior ameaça à ordem democrática".
"Queremos destruir essas redes da extrema direita. Queremos privá-las dos seus rendimentos, queremos tirar as suas armas", sublinhou em uma coletiva de imprensa em Berlim.
Em particular, quer expandir os poderes do Gabinete Federal para a Proteção da Constituição – a informação interna da Alemanha – para que possa combater mais facilmente as fontes de financiamento das redes de extrema direita.
Com uma alteração à legislação relativa aos serviços secretos, deverá ser possível encerrar contas bancárias apenas com base na possibilidade de uma "ameaça potencial" à ordem pública.
Neste momento, os investigadores têm este poder apenas se organizações ou redes incitarem ao ódio ou à violência.
Questionada sobre o calendário de implementação desta medida, Faeser afirmou que seria "o mais breve possível".
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