O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi a um tribunal federal na Flórida nesta segunda-feira (12/2) para participar de uma audiência a portas fechadas sobre o caso de gestão indevida de documentos governamentais ultrassecretos.
A juíza do caso, Aileen Cannon, convocou a defesa do ex-presidente e a Promotoria para abordar como será administrado o acesso às provas classificadas do caso.
Trump e a sua comitiva chegaram por volta das 9h00 (11h00 no horário de Brasília) ao tribunal de Fort Pierce, cerca de 200 quilômetros ao norte de Miami, onde um grupo de apoiadores os esperava.
O político republicano recebeu trinta acusações por reter documentos confidenciais em sua residência na Flórida, em Mar-a-Lago, e por dificultar os esforços do FBI para recuperá-los.
Para preparar o caso, os advogados de Trump querem obter acesso a provas confidenciais na posse da Promotoria, algo que esta última se opõe, alegando que se trata de material muito sensível.
"Os advogados da defesa devem estar preparados para discutir detalhadamente suas teorias de defesa do caso e como qualquer informação confidencial pode ser relevante ou útil para a defesa", escreveu Cannon no documento do tribunal, solicitando a audiência.
A juíza vai ouvir os argumentos da defesa até o início da tarde, antes de receber a Promotoria, também a portas fechadas.
O início deste julgamento está previsto para 20 de maio. Junto com Trump, estarão no banco dos réus o administrador de Mar-a-Lago, Carlos de Oliveira, e Waltine Nauta, ajudante pessoal do ex-presidente.
Nas últimas semanas, Trump compareceu a audiências de vários casos abertos contra ele.
Os seus problemas judiciais não parecem impedir neste momento a sua aspiração de retornar à Casa Branca após as eleições presidenciais de novembro. Pelo contrário, Trump é o grande favorito para liderar os republicanos nessas eleições.
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