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Brasileira que deu à luz no Natal em Gaza é autorizada a deixar o território

Autoridades brasileiras estimam que a mãe e os filhos cruzem a fronteira entre Gaza e o Egito na quinta, sigam até o Cairo e voltem ao Brasil no fim de semana

Uma brasileira que deu à luz na Faixa de Gaza na véspera de Natal foi autorizada a deixar o território junto aos três filhos. A família da mulher, que não teve o nome divulgado, tentava deixar a região assolada pela guerra desde o início do conflito entre Israel e o grupo Hamas, em outubro do ano passado.

Autoridades brasileiras estimam que a mãe e os filhos cruzem a fronteira entre Gaza e o Egito, em Rafah, na quinta-feira (8/2) e sigam até o Cairo em veículo alugado pela embaixada brasileira no Egito, em um percurso com duração de seis horas. Após esse trajeto, a expectativa é a de que eles voltem ao Brasil no fim de semana em aeronave comercial com as despesas custeadas pelo governo brasileiro.

“Eles já estavam em listas anteriores, mas a mãe não pôde viajar porque estava em estágio avançado da gravidez. Agora, o recém-nascido foi adicionado", informou o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas. A família, que tem origens brasileira e palestina, está abrigada em Rafah, em uma casa alugada pela representação brasileira em Ramala. A mãe e os filhos estão recebendo recursos para alimentos, água e remédios.

Segundo o governo federal, esta é a quarta operação de repatriação específica com brasileiros que estavam no lado palestino do conflito. O processo de resgate é considerado complexo, pois cada lista precisa ser aprovada por autoridades de Israel, do Egito e da Palestina, em um trabalho articulado pelas equipes das embaixadas brasileiras em Tel Aviv, no Cairo e pela representação em Ramala. Somando as quatro operações, foram resgatados 149 brasileiros e parentes próximos, sendo 117 de Gaza (já contando os quatro de agora) e 32 da Cisjordânia.

Mortos em Gaza

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é controlado pelo Hamas, informou, nesta quarta-feira (7/2), que 27.708 pessoas foram mortas no enclave palestino desde o início da guerra. A maioria das vítimas são mulheres, adolescentes e crianças. A pasta também relatou que 67.147 pessoas ficaram feridas desde 7 de outubro. A guerra no Oriente Médio começou quando o Hamas invadiu Israel e matou cerca de 1,1 mil pessoas e sequestrou 250.

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