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Senegal: protestos contra adiamento de eleições terminam em confrontos

A polícia dispersou os manifestantes com gás lacrimogêneo. Alguns deles responderam atirando pedras contra os policiais e erguendo barricadas

Autoridades do Senegal reprimiram, no domingo (4/2), um protesto em Dacar, prenderam uma líder da oposição e suspenderam o sinal de uma rede de TV. As ações ocorreram um dia após o adiamento das eleições presidenciais, anunciado pelo atual presidente, Macky Sall. A polícia dispersou os manifestantes com gás lacrimogêneo. Alguns deles responderam atirando pedras contra os policiais e erguendo barricadas aos gritos de “Macky Sall, ditador”.

A líder da oposição, Aminata Touré, publicou na rede social X (antigo Twitter) que havia sido presa quando seguia para uma passeata e foi liberada depois. Ela havia denunciado o adiamento das eleições como “um retrocesso democrático sem precedentes” e tinha convocado a manifestação popular contra a medida.

O canal privado Walf TV, que divulgou imagens dos protestos, teve o sinal suspenso por “incitação à violência”.  O presidente Macky Sall anunciou, no sábado (3/2), que revogou um decreto que estabelecia a eleição presidencial em 25 de fevereiro, enquanto uma comissão parlamentar investiga dois juízes do Conselho Constitucional, cuja integridade no processo eleitoral foi questionada.

 

SEYLLOU / AFP -
JOHN WESSELS / AFP -
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"Iniciarei um diálogo nacional aberto a fim de criar as condições para eleições livres, transparentes e inclusivas", disse o presidente senegalês, sem informar uma data específica para o pleito. O anúncio foi feito horas antes do início da campanha eleitoral, com 20 candidatos na disputa.

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) manifestou "preocupação com as circunstâncias que levaram ao adiamento das eleições" e pediu diálogo e um processo rápido para definir uma nova data para as eleições. Essa é a primeira vez desde 1963 que uma eleição presidencial é adiada no país. 

Com informações da AFP

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