O presidente da Namíbia, Hage Geingob, morreu neste domingo (4), aos 82 anos, em um hospital da capital Windhoek, onde recebia tratamento contra o câncer, anunciou a presidência do país sul-africano em um comunicado.
Geingob foi primeiro-ministro durante 12 anos, um recorde de longevidade no país, antes de se tornar seu terceiro presidente em 2014 e o primeiro que não pertencia ao grupo étnico majoritário Ovambo.
Desde jovem, dedicou-se ao ativismo contra o regime sul-africano do Apartheid, que então governava a Namíbia, antes de se ver forçado ao exílio - primeiro, em Botswana, e depois, nos Estados Unidos.
"É com a maior tristeza e pesar que lhes informo que nosso querido Hage G. Geingob, presidente da República da Namíbia, faleceu hoje", afirma o comunicado assinado pelo presidente em exercício, Nangolo Mbumba.
O texto pediu calma e serenidade, "enquanto o governo se ocupa de todas as disposições, preparativos e outros protocolos estatais necessários".
Em janeiro, o gabinete presidencial havia anunciado que uma biópsia durante um exame médico de rotina revelou a presença de "células cancerígenas" no organismo do chefe de Estado.
País semidesértico da África Austral, a Namíbia foi um dos últimos Estados do continente a alcançar a independência, em 1990.
As eleições presidenciais e legislativas foram marcadas para o final do ano.
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