O príncipe Harry perdeu o recurso apresentado contra a decisão de retirar sua proteção policial enquanto estiver no Reino Unido, anunciou nesta quarta-feira (28/2) o Tribunal Superior de Londres.
Segundo a Justiça britânica, a decisão de retirar sua proteção sistemática "não é irracional e não configura injustiça".
A proteção policial, custeada pelos contribuintes, foi cortada em 2020, quando o duque de Sussex decidiu romper laços com a família real e se mudar para os Estados Unidos.
O recurso de Harry contra o Ministério do Interior contestava a decisão tomada pelas autoridades, em fevereiro de 2020, quando definiram que a proteção policial de Harry, sua esposa Meghan e seus dois filhos seria autorizada a eventual visita ao Reino Unido.
Em uma audiência em dezembro, a advogada de Harry argumentou que uma decisão a cada visita "acarreta uma incerteza excessiva" para o príncipe e as pessoas sob sua responsabilidade.
O representante do Ministério do Interior baseou essa proteção policial "personalizada" e "dependente do contexto" a partir da sua "mudança de status" dentro da família real.
No entanto, o juiz definiu nesta quarta-feira que essa decisão caso a caso "tinha, e tem, uma base legal".
Grande parte desse processo ocorreu a portas fechadas devido às informações confidenciais de segurança envolvidas.
Em outro processo, o príncipe Harry, que agora terá que contratar segurança privada, pediu para ter proteção policial financiada paga com seus próprios recursos. Entretanto, a solicitação foi rejeitada pela Justiça em maio.
O filho mais novo do rei não faz muitas viagens ao Reino Unido. Ele fez breves visitas em maio do ano passado para a coroação de Charles III, e também no início de fevereiro, para ver o pai após um diagnóstico de câncer.
A questão da segurança é muito sensível para Harry, que responsabiliza a imprensa e os 'paparazzi' pelo acidente fatal de sua mãe, a princesa Diana, em Paris, em 1997. O duque de Sussex também iniciou vários processos legais contra os tabloides britânicos.
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