O principal suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann — que ocorreu há 17 anos — Christian Brückner teve a primeira sessão do julgamento adiado nesta sexta-feira (16/2) pela justiça Alemã. Além das investigações sobre o desaparecimento de McCann, o homem, de 47 anos, também deverá responder por três acusações de estupro e duas de abuso sexual infantil, ocorridos entre 2000 e 2017, em Portugal.
O adiamento no tribunal de Brunswick, no norte da Alemanha, ocorreu após a defesa do suspeito levantar dúvidas sobre a imparcialidade de uma jurada psicoterapeuta infantil. De acordo com a defesa do homem, a profissão da mulher colocaria em dúvida a objetividade no caso.
Além disso, a defesa de Brückner afirmou que a jurada pediu nas redes sociais o assassinato do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. De acordo com o jornal Alemão Bild, a postagem foi feita em 2019, pelo X (antigo Twitter) ameaçando Bolsonaro. “Matem esse demônio. Ele destrói tudo, ele tem que ser morto”, escreveu.
A jurada foi removida e será substituída no caso. "Garantir um processo justo será a maior dificuldade: a condenação do acusado pela imprensa não tem precedentes", disse Friedrich Fülscher, advogado de defesa de Brückner à AFP.
Brückner ainda não foi, de fato, acusado pelo desaparecimento de Madeleine McCann em 2007, mas foi por meio da investigação do caso que levou o julgamento pelos crimes. “Sem a investigação do caso Maddie, estes supostos crimes não viriam à tona”, disse Christian Wolters, porta-voz da promotoria de Brunswick.
O julgamento foi remarcado para a próxima sexta-feira (23/2). De acordo com o jornal alemão Bild, estão previstos 29 dias para o julgamento e 40 testemunhas foram convidadas. Brückner tem quatro advogados para a defesa.
*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes
**Com Informações da AFP.
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