O papa Francisco se encontrou nesta quinta-feira (15) com a candidata presidencial mexicana Claudia Sheinbaum, dois dias depois de se reunir com Xóchitl Gálvez, principal adversária da dirigente de esquerda na disputa eleitoral.
As duas candidatas conversaram com Francisco na Casa Santa Marta, residência do pontífice no Vaticano, duas semanas antes do início da campanha para as eleições de 2 de junho, informaram suas respectivas assessorias de imprensa, que também publicaram fotografias dos encontros.
"Foi uma hora excepcional da qual nunca me esquecerei, com uma forma simples e acolhedora, que mostra sua grandeza", disse Sheinbaum, que tem ascendência judaica e lidera as pesquisas para se tornar a primeira mulher presidente do México.
A candidata do partido Morena, o mesmo do atual mandatário Andrés Manuel López Obrador, presenteou o líder da Igreja Católica com peças elaboradas por indígenas wixárikas, uma comunidade que sofreu no passado com a desapropriação de terras por latifundiários.
Já Gálvez, senadora de raízes indígenas, disse ter conversado com o papa argentino sobre a "cultura do descarte", uma expressão cunhada pelo líder religioso para denunciar as políticas e práticas excludentes.
O papa desejou "sucesso" a Gálvez, católica e candidata de uma coalizão dos partidos tradicionais PRI, PAN e PRD, que abrange um amplo espectro ideológico.
O outro candidato à presidência é o centrista Jorge Álvarez Máynez, que está muito atrás nas pesquisas.
O México é um país majoritariamente católico e recebeu Francisco pela última vez em 2016, durante o governo de Enrique Peña Nieto (2012-2018). O atual presidente López Obrador é um admirador fervoroso e declarado do pontífice.
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