Caso Stormy Daniels

Trump será julgado em 25 de março por compra de silêncio de atriz pornô

O magnata é indiciado por 34 acusações relacionadas ao pagamento, em 2016, de US$ 130 mil à estrela pornô Stormy Daniels para que ela guardasse silêncio sobre uma suposta relação extraconjugal

Trump chega à audiência, em Nova York: ex-presidente foi acusado de comprar o silêncio de Stormy Daniels (D) -  (crédito: Spencer Platt/Getty Images/AFP)
Trump chega à audiência, em Nova York: ex-presidente foi acusado de comprar o silêncio de Stormy Daniels (D) - (crédito: Spencer Platt/Getty Images/AFP)

Donald Trump será o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a enfrentar um julgamento criminal, a partir de 25 de março, por um caso de pagamentos para comprar o silêncio de uma atriz pornô, anunciou um juiz de Nova York. A decisão, que confirmou a data de início do julgamento, chega em plena campanha eleitoral do bilionário republicano de 77 anos para retornar à Casa Branca. "Há muitos aspectos a considerar", afirmou o juiz do caso, Juan Merchan, ao rejeitar os pedidos da defesa de Trump para adiar o início do julgamento, que começará com a seleção do júri a partir de 25 de março.

O caso "nunca teria sido apresentado" se eu não estivesse "me candidatando" à presidência, declarou Trump em sua rede Truth Social, antes da audiência no Tribunal de Distrito de Manhattan, onde chegou pouco antes das 9h (11h em Brasília). Até agora, os diversos casos judiciais enfrentados pelo ex-presidente — sobre o qual pesam 91 acusações criminais — não minaram sua popularidade, e as pesquisas o colocam como favorito em um possível confronto contra o atual presidente Joe Biden em 5 de novembro.

Pagamentos

O magnata é indiciado por 34 acusações relacionadas ao pagamento, em 2016, de US$ 130 mil (R$ 453 mil) à estrela pornô Stormy Daniels, cujo nome real é Stephanie Clifford, para que ela guardasse silêncio sobre uma suposta relação extraconjugal que remonta a 2006 e que o político sempre negou. Os pagamentos em si não são ilegais, mas Trump os registrou como "honorários legais" nas contas de sua empresa, a Trump Organization.

Além disso, de acordo com documentos judiciais, o magnata comprou o silêncio de terceiros pelo menos mais duas vezes. Ele pagou US$ 30 mil (ou R$ 149 mil) a um porteiro da Trump Tower que afirmava ter informações sobre um filho do magnata fruto de uma relação extraconjugal, e outros US$ 150 mil (R$ 745 mil) a uma mulher que afirmava ter tido um caso com o ex-presidente. O magnata se declarou inocente das acusações, em 4 de abril do ano passado, e se considera vítima de uma "caça às bruxas" para impedir seu retorno à Casa Branca.

Hoje está previsto o anúncio da multa que será imposta pelo juiz Arthur F. Engoron, que instruiu outro caso de fraude fiscal, e que poderia chegar a US$ 370 milhões (ou R$ 1,8 bilhão), conforme requerido pela promotoria, valor que se somaria aos mais de US$ 80 milhões (R$ 397 milhões) que ele foi recentemente condenado a pagar por difamar uma escritora que o acusou de estupro na década de 1990. 

Trump enfrenta outro possível julgamento em Washington. Este processo na Justiça Federal deveria começar em 4 de março, mas foi adiado para avaliar a eventual imunidade penal do ex-presidente neste caso, em que ele é acusado de conspiração para reverter os resultados da eleição de 2020.

Rússia cria arma antissatélite, dizem EUA

Os Estados Unidos afirmaram que a Rússia está desenvolvendo uma arma antissatélite preocupante, embora não represente uma ameaça direta para a população. Na quarta-feira, o chefe do comitê de inteligência da Câmara dos Deputados, Mike Turner, chamou a atenção ao mencionar essa ameaça e exortar o presidente Joe Biden a "retirar o sigilo de todas as informações" sobre o assunto. "Posso confirmar que está relacionado a uma capacidade antissatélite que a Rússia desenvolveu", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, a repórteres. "Não se trata de uma capacidade ativa que tenha sido implantada. E embora a busca da Rússia por essa capacidade específica seja preocupante, não há ameaça imediata para a segurança de ninguém", disse.

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postado em 16/02/2024 03:55
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