Mais de uma centena de instituições de saúde romenas foram afetadas por um ataque hacker que bloqueou arquivos e softwares essenciais, forçando médicos a recorrer a papel e caneta. Os hackers exigiram 3,5 bitcoins (mais de 130 mil libras ou R$ 810 mil ) para desbloquear os arquivos “sequestrados”.
Hospitais infantis e serviços de emergência estão entre os atingidos; e outras instituições ficaram offline por precaução.
Autoridades romenas disseram que o impacto no entanto foi reduzido porque os dados foram recentemente copiados, devido a ataques realizados no ano passado.
O ataque ocorreu em grande parte durante a noite de segunda (12/01), de acordo com um comunicado do Ministério da Saúde romeno. O alvo foi um sistema de informação médica amplamente utilizado.
O incidente foi investigado por especialistas em TI, incluindo especialistas em segurança cibernética da Direção Nacional de Segurança Cibernética (DNSC), disse o ministério.
Segundo o DNSC, 25 hospitais foram afetados pelo ataque, começando pelo Hospital Pediátrico Pitesti.
A organização disse que outras 79 instalações de saúde foram desativadas enquanto eram realizadas investigações para determinar se haviam sido afetadas.
Segundo a imprensa local, parte dos serviços já foram restaurados nesta quarta-feira (14/02).
Impacto para pacientes
Embora as autoridades tenham identificado o tipo de malware (programa malicioso usado em invasões hackers) utilizado, o grupo responsável ainda não foi identificado. O pedido de resgate inclui apenas um endereço de e-mail, escreveram as autoridades.
Como a maioria dos hospitais visados possui backups recentes de dados dos servidores afetados, espera-se que as instalações consigam se recuperar rapidamente.
Mas o impacto nos pacientes deverá ser profundo, já que dezenas de hospitais tiveram que desligar dispositivos conectados à internet por precaução. Isto poderia, em teoria, afetar não apenas reservas e registros, mas também máquinas como scanners de ressonância magnética.
O Reino Unido sofreu um ataque semelhante em 2017, que afetou 80 dos 236 hospitais em toda a Inglaterra e fez com que quase 7 mil consultas fossem canceladas e remarcadas.
Após esse incidente, o NHS (sistema de saúde pública do Reino Unidos) aceitou que havia “lições a aprender” e fez uma série de alterações.
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