A França nomeará um enviado para atrair médicos estrangeiros, como parte de um plano para combater a escassez desses profissionais de saúde, anunciou nesta terça-feira (30/1) o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal.
Os "desertos médicos" são um problema politicamente sensível na França, em especial em áreas rurais, mas o governo se nega a obrigar esses profissionais liberais a se instalarem nessas regiões.
À espera dos efeitos do aumento de vagas nos cursos de Medicina na França, Attal anunciou a adoção de "soluções robustas" em seu plano de "rearmamento" do sistema de saúde.
"Nomearei um enviado encarregado de buscar médicos no exterior que queiram trabalhar na França", anunciou o primeiro-ministro perante a Assembleia Nacional (Câmara baixa) durante seu discurso de política geral.
O presidente francês, Emmanuel Macron, já anunciou a regularização dos médicos de fora da União Europeia (UE) que estão trabalhando na França, lembrou Attal.
Médicos de emergência, psiquiatras, ginecologistas, clínicos gerais... Há mais de duas décadas, a falta de profissionais levou à contratação de médicos de fora da UE, essenciais durante a pandemia.
Conhecidos como "Padhue", os médicos formados fora da UE são atualmente entre 4.000 e 5.000, segundo vários sindicatos, apesar de receberem menos do que seus colegas europeus.
No entanto, cerca de 2.000 estão em situação instável desde o final de dezembro, pois não conseguiram passar em um teste de verificação de conhecimentos para continuar exercendo a profissão.
A reforma migratória aprovada em dezembro prevê a criação de um novo visto de residência plurianual destinado a compensar a falta de pessoal nas áreas médica e farmacêutica.
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