Vestidas de preto em sinal de luto, cerca de 300 mulheres marcharam nesta quinta-feira (25/1) em Tegucigalpa, a capital de Honduras, até o Congresso Nacional, no Dia da Mulher Hondurenha, em protesto contra o aumento dos feminicídios no país.
"Viemos exigir que a vida das mulheres hondurenhas seja respeitada, por isso viemos a este Congresso Nacional", disse no megafone uma ativista que cobria seu rosto e cabelo com lenços pretos.
A polícia colocou barreiras ao redor do Congresso, onde se iniciava uma nova legislatura com a participação da presidente Xiomara Castro, mas as manifestantes conseguiram superá-las e chegaram à parte baixa do edifício.
"Estamos marchando hoje contra toda a violência, desde a do lar até a feminicida. Exigimos a aprovação da Lei Integral Contra a Violência, prometida pela presidente. Não podemos esperar", declarou à AFP a manifestante Sandra Deras.
Segundo o Centro de Direitos das Mulheres, a violência contra a mulher vem crescendo em Honduras. Nos primeiros 15 dias de 2024, ao menos 15 mulheres foram assassinadas.
O Observatório da Violência da Universidade Nacional Autônoma de Honduras aponta que, em 2023, foram registrados 380 feminicídios, enquanto em 2022 foram 308.
De acordo com a ONU Mulheres, Honduras é o quinto país com a maior taxa de feminicídios do mundo, 6,47 para cada 100.000 habitantes, o que o coloca como o mais perigoso da América Latina para a mulher.
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