A União Europeia (UE) adotará na segunda-feira, 22 de janeiro, "um regime de sanções" contra o movimento palestino Hamas pela sangrenta incursão em Israel em 7 de outubro, anunciou a diplomacia francesa nesta quinta-feira (18/1).
"É um regime de sanções contra indivíduos e a transferência de fundos", disse à imprensa o porta-voz adjunto do Ministério francês das Relações Exteriores, Christophe Lemoine.
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As sanções são direcionadas ao movimento islamista, no poder na Faixa de Gaza, e a alguns de seus dirigentes envolvidos no ataque que deflagrou uma guerra com Israel.
Em 7 de outubro, os milicianos islamistas mataram cerca de 1.140 pessoas, em sua maioria civis, segundo balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses. Também sequestraram cerca de 250 pessoas, das quais 132 permanecem reféns em Gaza.
Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva aérea e terrestre que deixou cerca de 25.000 mortos em Gaza, também em sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas em território palestino.
Na quarta-feira (17/1), a UE acrescentou à sua lista de "terroristas" Yahya Sinuar, líder do Hamas, considerado o artífice do ataque, o que implica o congelamento de eventuais bens no bloco e a proibição de sua entrada em qualquer um de seus 27 países-membros.
Os europeus já incluíram nesta lista de pessoas e organizações consideradas "terroristas" dois responsáveis do braço militar do Hamas: Mohamed Deif e Marwan Issa.
O Hamas, como organização, já fazia parte da lista. Além da UE, Estados Unidos, Canadá e Israel também consideram-no como organização "terrorista".