Em primeiro discurso após vitória nas primárias em Iowa, o ex-presidente Donald Trump voltou a utilizar a estratégia de atacar imigrantes. O candidato, que venceu com 51% dos votos no estado na segunda-feira (15/1), chamou pessoas que foram de seus países de origem para os Estados Unidos de “terroristas” e disse que eles saíram de prisões, hospitais psiquiátricos e “países que a maioria das pessoas nunca ouviu falar”.
- Trump: retorno à casa Branca o ajudará a se vingar de seus inimigos
- Biden reconhece que vitória em Iowa converte Trump em "claro favorito"
Trump também prometeu fechar a fronteira com o México e disse que, caso eleito, vai promover uma deportação em massa semelhante à feita na década de 1950 pelo então presidente Dwight Eisenhower. Durante a fala, o candidato do partido Republicano chamou o atual presidente, Joe Biden, de “pior presidente da história do país” e acusou o democrata de estar destruindo os EUA.
No cenário internacional, Trump ainda garantiu que a Rússia não teria atacado a Ucrânia se ele estivesse na presidência. “Nós nos damos muito bem”, disse ao se referir à relação com Vladimir Putin. De acordo com o ex-presidente, Israel também não teria sofrido ataque e “90% dos problemas no país estariam resolvidos”.
O ex-presidente venceu a votação em Iowa para ser o representante dos Republicanos na eleição nacional com notável vantagem em relação aos concorrentes. Trump teve 51% dos votos, enquanto Ron DeSantis e Nikki Haley tiveram 21% e 19%, respectivamente. Além da bandeira anti-imigração, um novo discurso foi levantado pelo ex-mandatário: se vingar dos inimigos democratas. "Essas prévias são a chance de obter uma vitória definitiva sobre todos os mentirosos, trapaceiros, bandidos, pervertidos, vigaristas, anormais e cretinos", declarou durante comício.
Até o momento, Trump segue como líder isolado nas primárias, com 20 delegações conquistadas. Atrás dele, aparecem DeSantis, com nove delegações, e Haley, com oito. As eleições presidenciais acontecem em novembro deste ano.