Um homem de 45 anos morreu baleado na noite de domingo em um vagão do metrô de Nova York quando tentava apaziguar dois passageiros que discutiam porque um deles estava ouvindo música em alto volume, confirmou a polícia nova-iorquina nesta segunda-feira (15).
A vítima, Richard Henderson, chegou morta ao hospital após ser atingida por vários disparos nas costas e no ombro, pouco depois das 20h locais (22h em Brasília), confirmou a polícia em um comunicado enviado à AFP.
Até o momento, as forças de segurança não realizaram nenhuma detenção e não detalharam se o alvo dos disparos era a vítima ou outro passageiro.
Trata-se de um dos episódios mais recentes de violência no antigo e extenso metrô de Nova York, o maior sistema de transporte ferroviário do país e um dos maiores do mundo, usado diariamente por mais de 5 milhões de pessoas.
Familiares da vítima contaram à emissora de televisão CBS New York que Henderson estava voltando para casa após assistir a uma partida de futebol americano na casa de um amigo. O homem deixa uma esposa, três filhos e dois netos.
Incidentes como este ocorrem com certa frequência no metrô, apesar da presença policial e da desocupação de pessoas com transtornos mentais no último ano, por causa de passageiros que foram agredidos ou empurrados na direção da via férrea.
Em novembro, duas pessoas ficaram levemente feridas a bala também no metrô no Brooklyn.
Este ano já ocorreram dois descarrilamentos - um com 26 feridos - e, na semana passada, um adolescente morreu quando se deslocava sobre o teto dos vagões, em uma prática conhecida como "subway surfing" (surfe de metrô).
Em outubro de 2023, um homem foi condenado a dez penas de prisão perpétua por abrir fogo em um vagão do metrô em pleno horário do rush em abril de 2022, também no Brooklyn, um ataque que deixou 29 feridos e milagrosamente nenhum morto.
Segundo o jornal The New York Times, no ano passado, por volta de 1.100 pessoas foram baleadas na cidade de 8,5 milhões de habitantes, cerca de 400 a menos que no ano anterior.