Dois especialistas da ONU em direitos humanos exigiram, nesta segunda-feira (8), que membros do Hamas que supostamente cometeram crimes sexuais no ataque de 7 de outubro sejam punidos.
Eles reforçaram que estes crimes constituem violações graves do direito internacional e podem ser "classificados como crimes contra a humanidade".
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"As provas cada vez mais numerosas de violência sexual são particularmente devastadoras", afirmaram em uma nota à relatora especial da ONU sobre tortura, Alice Jill Edwards, e ao relator especial sobre execuções extrajudiciais, Morris Tidball-Binz.
Ambos denunciaram "acusações de tortura sexual (incluindo) estupros, estupros coletivos, agressões sexuais e disparos nos genitais".
"Foram encontrados corpos de mulheres com a roupa levantada até a cintura, com a roupa de baixo removida, rasgada ou manchada de sangue", acrescentaram.
Os especialistas independentes são designados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU porém não falam em nome das Nações Unidas.
A ONU tem sido criticada por responder muito lentamente aos estupros e à violação sexual supostamente cometidos durante o ataque de 7 de outubro.
O ataque deixou cerca de 1.140 mortos, em sua maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados israelenses.
Além disso, cerca de 250 pessoas foram sequestradas, das quais cem foram liberadas em troca de presos palestinos durante uma trégua no final de novembro.
Israel prometeu destruir o Hamas depois do ataque. Sua ofensiva deixou mais de 23.000 mortos em Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamista.
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