Alerta

Coreia do Norte dispara contra fronteira

Exercícios militares marcam uma das mais graves escaladas na península coreana desde 2010

A Coreia do Norte lançou, ontem, novos disparos de artilharia com munições reais nas costas ocidentais, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O incidente marcou uma das mais graves escaladas militares na península coreana desde 2010, quando Pyongyang bombardeou uma ilha sul-coreana.

Foi o terceiro dia consecutivo de exercícios militares perto da fronteira. Na sexta-feira e no sábado, o país havia disparado contra a mesma área, perto das ilhas de Yeonpyeong e Baengnyeong, ao sul da fronteira marítima entre os dois países.

O Exército norte-coreano declarou que implementou um treinamento com 88 projéteis de artilharia, mas afirmou que os exercícios não tinham relação com a fronteira marítima e não representaram nenhuma ameaça intencional para a Coreia do Sul. Segundo comunicado transmitido pela Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), os disparos faziam parte do "sistema normal de treinamento do nosso exército."

Nenhum projétil caiu no lado sul-coreano da Linha Limítrofe do Norte (LLN), que marca a fronteira marítima no Mar Amarelo, e nenhuma vítima foi relatada. Ainda assim, as autoridades locais das ilhas sul-coreanas recomendaram que a população ficasse em casa.

Nas províncias de Yeonpyeong e Baengnyeong, houve evacuação de pessoas para abrigos e suspensão do serviço de balsas. As tropas sul-coreanas responderam com exercícios de fogo real.

"Os nossos militares não dispararam um único projétil na zona marítima", disse Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, à agência oficial de notícias KCNA, afirmando que se tratava de uma operação com o objetivo de desorientar.

Em uma reunião política de final de ano, Kim alertou para um ataque nuclear vindo do sul e apelou ao reforço do arsenal militar face a um conflito que afirmou poder "estourar a qualquer momento."

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