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Argentina: país fecha 2023 com maior inflação do mundo

Inflação no país latino fechou em 211% no ano passado. A Argentina ultrapassou o Líbano, que registrou inflação de 192,3%

Javier Milei vem implantando agenda de reformas e de corte nos gastos públicos. O objetivo dessas medidas, de acordo com ele, é derrubar a inflação e reduzir um deficit fiscal  -  (crédito:  AFP)
Javier Milei vem implantando agenda de reformas e de corte nos gastos públicos. O objetivo dessas medidas, de acordo com ele, é derrubar a inflação e reduzir um deficit fiscal - (crédito: AFP)

A Argentina, em meio às discussões sobre reformas fiscais e trabalhistas comandadas pelo presidente recém-eleito Javier Milei, fechou 2023 com a maior inflação do mundo. No país vizinho, a carestia ficou em 211%, de acordo com o Banco Central argentino. Este índice foi o mais alto no país portenho desde o início da década de 1990.

Com esse dado, a Argentina ultrapassa o Líbano, que registrou inflação de 192,3% em 2023. A diferença é de quase 20 pontos percentuais abaixo do resultado da Argentina. 

Na América do Sul, a Venezuela também ostenta uma alta inflação, embora menor do que na Argentina. Segundo o Banco Central venezuelana, esse dado no país foi de 189,8% no ano de 2023. Até então, os venezuelanos sofriam com o fato de país ter a inflação mais alta da América do Sul.

Medidas

Javier Milei, eleito presidente em novembro de 2023, vem implantando agenda de reformas e de corte nos gastos públicos. O objetivo dessas medidas, de acordo com o presidente, é derrubar a inflação, reduzir um déficit fiscal profundo e reconstruir os cofres do governo.

Milei advertiu, porém, que a estabilização da economia levará tempo e que as coisas podem piorar antes de melhorar. Muitos argentinos estão reduzindo os gastos ainda mais, sendo que dois quintos já estão na pobreza. Na Argentina, o setor que registrou maior aumento foi o de Saúde, com 15,9%, impulsionado por um aumento no preço dos medicamenos, muito ocasionado por uma escassez de insumos de produção.

Logo em seguida vem os alimentos e as bebidas não alcoólicas, com 15,7%, sendo que os maiores aumentos foram na água mineral, refrigerante, sucos, verduras e frutas. A comunicação vem em seguida, com 15,2%, devido a um aumento nos preços dos serviços de telefonia móvel e de internet.

 

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postado em 29/01/2024 12:12 / atualizado em 29/01/2024 12:32
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