RÚSSIA

Autoridades russas validam candidatura de Putin à Presidência

O atual presidente, de 71 anos, no poder há quase 25 anos, anunciou oficialmente em dezembro a intenção de disputar um novo mandato nas eleições de 15 a 17 de março

Uma polêmica reforma constitucional de 2020 permite a Vladimir Putin permanecer no poder até 2036

       -  (crédito: Sergei Savostyanov/AFP)
Uma polêmica reforma constitucional de 2020 permite a Vladimir Putin permanecer no poder até 2036 - (crédito: Sergei Savostyanov/AFP)

As autoridades russas validaram oficialmente nesta segunda-feira (29/1) a candidatura de Vladimir Putin à presidência nas eleições de março, uma votação que deve ser vencida com tranquilidade pelo chefe de Estado, já que a oposição foi amplamente silenciada pela repressão.

"A Comissão Eleitoral Russa registrou a candidatura de Vladimir Putin ao cargo de presidente", anunciou a instituição no Telegram.

O atual presidente, de 71 anos, no poder há quase 25 anos, anunciou oficialmente em dezembro a intenção de disputar um novo mandato nas eleições de 15 a 17 de março. 

As eleições parecem ser uma simples formalidade, pois os críticos do Kremlin foram esmagados pela repressão, em particular desde o início da invasão russa da Ucrânia, há quase dois anos.

A votação acontecerá durante três dias, de 15 a 17 de março, uma medida que, segundo os críticos do Kremlin, dificulta a transparência.

Uma polêmica reforma constitucional de 2020 permite a Vladimir Putin permanecer no poder até 2036.

Quase todas as figuras importantes da oposição, como o ativista anticorrupção Alexei Navalny, foram detidos ou forçados ao exílio.

Apesar do cenário, o opositor Boris Nadejdine ainda tenta obter a validação de sua candidatura e reuniu dezenas de milhares de assinaturas de apoio, que pretende entregar na quarta-feira à Comissão Eleitoral Central, organismo que, sob controle do governo, aprova ou rejeita as candidaturas.

Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que as eleições anteriores foram marcadas por irregularidades e que a presença de observadores independentes na próxima votação provavelmente será proibida.

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postado em 29/01/2024 10:57 / atualizado em 29/01/2024 10:57
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