Três militares americanos morreram e mais de 30 ficaram feridos em um ataque com drone na Jordânia, perto da fronteira com a Síria, no domingo (28/1). O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que vai responsabilizar os envolvidos e atribuiu a autoria dos ataques a grupos ligados ao Irã. O Irã, por sua vez, nega que tenha apoiado a violência e afirmou que "as acusações foram feitas com objetivos políticos específicos para reverter a realidade da região".
O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) informou que o ataque atingiu uma base de apoio logístico localizada na Torre 22, no nordeste da Jordânia, e que feriu pelo menos 34 militares, incluindo oito que precisaram ser retirados do país. Segundo o Comando Central, a base tem quase 350 integrantes do Exército e da Força Aérea americana, que efetuam uma "série de funções cruciais de apoio", inclusive para a coalizão internacional que luta contra o grupo extremista Estado Islâmico.
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"Tivemos um dia difícil ontem à noite no Oriente Médio. Perdemos três almas valentes", lamentou Joe Biden nesta segunda-feira (29/1), durante uma viagem ao estado da Carolina do Sul.
O porta-voz do governo da Jordânia, Muhanad Mubaidin, condenou e classificou o ataque como terrorista. O governo também destacou que as tropas americanas "que colaboram com a Jordânia para combater o terrorismo e proteger a fronteira" foram atingidas. Nenhum soldado jordaniano foi morto ou ferido.
O ataque também foi condenado por Bahrein, Egito e Reino Unido. O ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, pediu ao Irã para "desescalar" a crise na região.
No Telegram, a Resistência Islâmica no Iraque, aliança de grupos armados pró-Irã, reivindicou a responsabilidade pelos ataques cometidos no domingo com drones contra três bases em território sírio, entre elas as de Al Tanf e Rukban, na fronteira com a Jordânia.
Já o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que a morte dos soldados "é uma mensagem para o governo americano de que, a menos que o assassinato de inocentes em Gaza se detenha, pode ter que enfrentar toda a nação muçulmana".
Com informações da AFP
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