Israel propôs ao Hamas, com a mediação do Catar e Egito, uma pausa de dois meses nos combates e operações em Gaza em troca da libertação de todos os reféns, informou nesta segunda-feira (22) a Axios, citando fontes israelenses.
Essa proposta não implicaria o fim da guerra em Gaza, mas sim um segundo cessar-fogo após o de novembro, que durou uma semana e permitiu a libertação de sequestrados levados para esse território após o ataque sem precedentes em Israel em 7 de outubro, em troca de pelo menos 240 prisioneiros palestinos detidos em Israel.
De acordo com as autoridades israelenses - que enfrentam a pressão das famílias dos sequestrados - 132 reféns ainda estão na Faixa de Gaza, dos quais 28 estariam mortos.
A proposta de Israel prevê o retorno dos reféns vivos em várias fases, a primeira delas para as mulheres e homens com mais de 60 anos, de acordo com a Axios, que cita como fonte dois responsáveis israelenses.
Em seguida, seguiriam as mulheres soldados, os homens com menos de 60 anos que não são militares, soldados do sexo masculino e, finalmente, o restante dos reféns.
Sob esse plano, Israel e o Hamas devem concordar antecipadamente sobre o número de prisioneiros palestinos libertados em troca de cada refém de acordo com sua categoria e, em seguida, o nome de cada palestino.
O acordo também não significaria o fim da guerra entre Israel e o Hamas, nem uma solução política de longo prazo, mas sim uma movimentação das tropas israelenses para fora das principais cidades de Gaza e o retorno gradual de centenas de milhares de deslocados do norte para o sul de Gaza, de acordo com o veículo de imprensa americano.
A publicação da Axios ocorre no momento em que o principal assessor para o Oriente Médio do governo dos Estados Unidos, Brett McGurk, visita o Egito e o Catar nesta semana.
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