Violência

Governo peruano destitui chefe de polícia após agressão a presidente

A mandatária assinou um decreto em que deu "por finalizada a indicação do tenente-general da Polícia Nacional, Jorge Angulo, ao cargo de comandante-geral da Polícia Nacional do Peru"

O governo peruano destituiu, nesta segunda-feira (22/1), o chefe da polícia, após a agressão de duas mulheres à presidente Dina Boluarte  -  (crédito: Luis Iparraguirre / Presidência Peruana / AFP)
O governo peruano destituiu, nesta segunda-feira (22/1), o chefe da polícia, após a agressão de duas mulheres à presidente Dina Boluarte - (crédito: Luis Iparraguirre / Presidência Peruana / AFP)

O governo peruano destituiu, nesta segunda-feira (22/1), o chefe da polícia, após a agressão de duas mulheres à presidente Dina Boluarte no fim de semana durante um ato oficial na região andina de Ayacucho. 

A mandatária assinou um decreto em que deu "por finalizada a indicação do tenente-general da Polícia Nacional, Jorge Angulo, ao cargo de comandante-geral da Polícia Nacional do Peru". 

"Ficaram em evidência negligências muito graves no controle e comando da instituição policial, que constituiriam incompatibilidade e falta de idoneidade para o exercício do cargo", acrescenta a resolução. 

O general Víctor Zanabria foi nomeado em sua substituição. 

A mudança no alto comando policial deu-se após a agressão que Boluarte sofreu no sábado. A mandatária foi agredida por duas mulheres durante um evento oficial.

A agressão ocorreu quando Boluarte participava da inauguração de uma obra de recapeamento de uma rodovia no distrito de Chiara na região de Ayacucho, cerca de 570 km a sudeste de Lima. 

A presidente visitou essa região após as manifestações de 2022 que deixaram em todo o país cerca de 50 mortos, 20 deles supostamente pelas mãos das forças do Estado, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 

Em Ayacucho, foram reportadas 10 mortes durante as mobilizações contra a destituição do presidente Pedro Castillo por sua tentativa fracassada de dissolver o Congresso. 

A então vice-presidente Boluarte assumiu o poder, o que gerou uma onda de protestos que foram violentamente reprimidos pelas forças de segurança. 

Ruth Bárcena, uma das agressoras da chefe de Estado, acusou Boluarte de ser a responsável pela morte de seu marido, Leonardo Ancco, morto nos protestos em Ayacucho. 

"Mataram meu esposo, eu vou estar tranquila?", disse Bárcena. 

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postado em 22/01/2024 21:40 / atualizado em 22/01/2024 21:40
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