Mais de 100 mil pessoas foram às ruas na Alemanha, ontem, para denunciar a participação do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) em uma recente reunião sigilosa com neonazistas e empresários, realizada em janeiro, na qual discutiram sobre um projeto de expulsão em massa de imigrantes.
Os manifestantes pedem a proibição da legenda, segunda nas pesquisas de intenção de votos para alguns pleitos estaduais do país, que acontecem em setembro.
A sigla aparece como a maior força política em estados do leste do país, incluindo a Turíngia, onde o partido tem chances de eleger o governador, justamente um de seus membros mais radicais, Björn Höcke.
O partido confirmou a presença dos seus membros no evento, mas garantiu que não apoia o projeto de "remigração" apresentado por Martin Sellner, figura de destaque do movimento identitário radical.
O austríaco sustenta a teoria da conspiração chamada grande substituição, que afirma que existe uma complô de imigrantes não brancos para substituir a população branca nativa da Europa.
O chanceler alemão, o social-democrata Olaf Scholz, pediu em comunicado na sexta-feira que todos se posicionem "a favor da coesão, da tolerância e da nossa Alemanha democrática."
Friedrich Merz, líder do partido da oposição conservadora CDU, escreveu na rede social X que é "muito encorajador que milhares de pessoas se manifestem pacificamente contra o extremismo de direita."
Desde o governo de Adolf Hitler, qualquer forma de aproximação ideológica com o nazismo é considerada politicamente inaceitável na Alemanha.
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