Donald Trump afirmou nesta quinta-feira (18/1), que o presidente dos Estados Unidos deveria ter uma "imunidade total" contra processos criminais, mesmo se suas ações "ultrapassarem a linha vermelha".
O favorito para a indicação republicana nas eleições presidenciais de novembro enfrenta 91 acusações criminais em quatro casos, incluindo a alegada tentativa de alterar os resultados eleitorais de 2020 e a apropriação de documentos ultrassecretos ao deixar a Casa Branca.
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Em uma postagem nas redes sociais por volta das 2h da madrugada, Trump argumentou que, como presidente, tinha imunidade total contra processos e instou a Suprema Corte a decidir a seu favor.
"ATÉ MESMO FATOS QUE 'ULTRAPASSEM A LINHA' DEVEM ESTAR SOB IMUNIDADE TOTAL, OU SERÃO ANOS DE TRAUMA TENTANDO DETERMINAR O BEM E O MAL", afirmou Trump em sua rede Truth Social, mantendo seu estilo de escrever em maiúsculas.
Trump sugeriu que os presidentes dos Estados Unidos precisam de imunidade para tomar decisões difíceis. O republicano comparou a situação com a das forças de segurança, que precisam continuar trabalhando apesar de "policiais maçãs podres" ocasionais.
"Às vezes", escreveu Trump, "é preciso conviver com um 'ótimo, mas ligeiramente imperfeito'".
Na opinião dele, a Suprema Corte, que inclinou para a direita desde que ele nomeou três novos juízes durante seu mandato, tomará uma "decisão fácil" se tiver que decidir sobre o caso.
Um tribunal federal de apelações em Washington está atualmente analisando um recurso de Trump pedindo imunidade em um processo por seu suposto papel na tentativa de alterar o resultado das eleições de 2020, nas quais perdeu para o democrata Joe Biden.
Se os juízes rejeitarem o recurso de Trump, como antecipam a maioria dos especialistas legais, é provável que o caso chegue à Suprema Corte.
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