A Argentina e o FMI anunciaram, nesta quarta-feira (10), um acordo a nível técnico, sujeito à aprovação da diretoria da organização, para o desembolso de US$ 4,7 bilhões (R$ 23 bilhões) ao país sul-americano no âmbito de seu programa creditício com a instituição financeira.
Segundo este entendimento, as autoridades planejam "conseguir um superávit [fiscal] primário [antes do pagamento de juros da dívida] de 2% do PIB este ano", detalhou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em comunicado.
O anúncio acontece no contexto da sétima revisão do acordo creditício que a Argentina mantém com o Fundo de 44 bilhões de dólares (R$ 215 bilhões, na cotação atual) e um mês depois da posse do ultraliberal Javier Milei como presidente.
Em uma coletiva de imprensa em Buenos Aires, o ministro da Economia Luis Caputo esclareceu que "este não é um novo acordo".
Em contrapartida, "foi retomado o acordo anterior, que caiu por descumprimento de metas" em 2023, indicou.
"Retomar o acordo requeria maior compromisso para compensar a perda de credibilidade ocorrida nos últimos dois trimestres", continuou Caputo.
O FMI indicou que o governo Milei e seus técnicos coincidiram em que o país deve "restaurar sua estabilidade macroeconômica e devolver o atual programa [creditício] a seu rumo, já que objetivos-chave do programa foram descumpridos por ampla margem" durante o governo anterior, liderado pelo peronista Alberto Fernández.
"A nova administração está implementando um plano ambicioso de estabilização", elogiou a organização sediada em Washington, que destaca os objetivos do novo governo em busca de "consolidação fiscal", suas "ações para reconstituir reservas" monetárias internacionais e para criar uma "economia orientada para o mercado".
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