Equador

Equador: Embaixada diz que brasileiro sequestrado foi resgatado pela polícia

Thiago Allan Freitas foi sequestrado na terça-feira (9/1). Em nota, Itamaraty afirma que foi avisado pela família e que tenta contato com autoridades equatorianas

Thiago é dono de uma empresa de churrasco brasileiro no Equador, onde mora há três anos. -  (crédito: Reprodução/Instagram (@labrasa_gye))
Thiago é dono de uma empresa de churrasco brasileiro no Equador, onde mora há três anos. - (crédito: Reprodução/Instagram (@labrasa_gye))

O brasileiro Thiago Allan Freitas, que estava em poder de sequestradores no Equador, foi libertado pela polícia. A informação foi confirmada pelo irmão dele, Eric Viera, e pela Embaixada do Brasil em Quito. Thiago foi sequestrado na terça-feira (9/1), em meio à onda de violência que assola o país.

O Itamaraty afirmou ter sido avisado da libertação do brasileiro e que tenta confirmar a informação com a polícia equatoriana.

Eric Viera disse que conseguiu falar rapidamente com o irmão e que ele está bem. "Os policiais fizeram uma ligação de vídeo. A gente com aquela tremedeira, com medo de ser outra pessoa fingindo ser os policiais. Atendemos e estamos com a notícia maravilhosa de que meu irmão está bem, está a salvo, está sendo encaminhado para ficar com a família dele agora. Conseguimos salvar uma vida", disse.

Natural de São Paulo, Thiago mora no Equador há três anos, onde tem uma churrascaria brasileiro. No primeiro ano no país, morou na capital Quito, antes de se mudar para Guayaquil, cidade em que mora atualmente com os três filhos.

Sequestro

A notícia do sequestro foi dada pelo filho de Thiago por meio das redes sociais. Segundo o menino, os sequestradores pediram U$3 mil para o resgate do pai, mas a família só tinha U$1,1 mil. "Estamos desesperados. Não temos como fazer. Peço que nos ajudem", pediu o jovem.

Em nota, o Itamaraty confirmou o sequestro do brasileiro. "O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada em Quito, vem acompanhando, detidamente, as diligências tomadas pelas autoridades locais para alcançar a libertação do nacional brasileiro sequestrado no Equador. Continua a prestar, ainda, assistência aos seus familiares".

Crise no Equador

A onda de violência que assola o Equador foi causada pela fuga da prisão de Adolfo Macías (conhecido como "Fito"), líder da principal quadrilha criminosa do país, Los Choneros. De acordo com o governo do Equador, mais de 130 agentes penitenciários e demais funcionários são mantidos reféns por detentos em pelo menos cinco prisões do país. Homens armados com fuzis e granadas invadiram, na terça-feira (9/1), o canal TC Televisión, ao vivo.

Na noite de terça-feira, o presidente equatoriano, Daniel Noboa, declarou a existência de um "conflito interno armado" no país, o que permite que as forças militares possam realizar operações para neutralizar grupos chamados por ele de "terroristas". O Executivo também poderá suspender ou limitar vários direitos: à inviolabilidade do lar, à liberdade de circulação e reunião, entre outros.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou em nota que acompanha com preocupação as ações de violência conduzidas por grupos criminosos no país. "[O governo] manifesta também solidariedade ao governo e ao povo equatorianos diante dos ataques", completou o Itamaraty.

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postado em 10/01/2024 22:21
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