Dezenas de manifestantes pró-palestinos bloquearam várias pontes e um túnel de acesso e saída de Manhattan, em Nova York, uma ação coordenada para pedir um cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas.
Nova York tem sido palco de muitos protestos, tanto pró-palestinos quanto pró-israelenses, desde os ataques brutais cometidos pelo Hamas em Israel em 7 de outubro e a resposta militar de Israel na Faixa de Gaza.
Os manifestantes se amarraram a pneus, cadeiras e entre si na ponte do Brooklyn, que liga este condado com o distrito financeiro de Manhattan, constatou a AFP.
"É importante porque precisamos de cessar-fogo. É importante interromper a atividade quotidiana para mostrar o quão importante é, para acabar com o cerco a Gaza", disse a atriz e escritora Olivia Levine, de 31 anos, durante o protesto.
"Esperamos que as ações aumentem. A atividade quotidiana precisa ser intensificada para garantir um cessar-fogo e o fim da ocupação. Este é apenas o começo", justificou.
Dezenas de manifestantes foram detidos tanto na ponte do Brooklyn quanto nas de Manhattan e Williamsburg, entre a Big Apple e o Brooklyn, assim como no túnel Holland, que liga Nova York com a vizinha Nova Jersey sob o rio Hudson.
Os manifestantes entoavam "Palestina livre, livre" e pediam cessar-fogo.
"Todos estes pró-palestinos se esquecem do que fez o Hamas [...] Não se pode esperar que Israel não tome represálias", disse uma pessoa que caminhava perto e não quis dar seu nome. "[Mas] eles estão sofrendo pelo que o Hamas fez".
As manifestações começaram pouco depois da hora do rush matinal e provocaram longas filas nos pontos de acesso à cidade.
A polícia, que não apresentou um número de detidos, informou que os protestos tinham durado pouco mais de uma hora, e foram dispersados por volta das 11h da manhã (13h em Brasília).
Três meses depois do início da guerra contra o Hamas, pelo menos 23.084 pessoas morreram em Gaza, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo grupo palestino.
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