A equipe de campanha do presidente americano, Joe Biden, divulgou, nesta quinta-feira (4), seu primeiro anúncio televisivo para as eleições de 2024, no qual adverte para a ameaça "extremista" à democracia com imagens da invasão do Congresso por uma multidão de trumpistas, em 6 de janeiro de 2021.
A peça, intitulada "Causa", será difundida pela primeira vez no sábado, no terceiro aniversário da histórica invasão do Capitólio por centenas de apoiadores do então presidente, Donald Trump (2017-2021), na qual morreram cinco pessoas, entre as quais um policial.
"Todos nós nos perguntamos agora, 'O que faremos para manter nossa democracia?'", diz Biden em um trecho extraído de um discurso que o presidente deu no estado do Arizona no ano passado.
"Há algo perigoso acontecendo nos Estados Unidos. Há um movimento extremista que não compartilha das crenças básicas na nossa democracia", acrescenta o anúncio, divulgado nas primeiras horas desta quinta-feira nas redes sociais.
Durante o curta de um minuto de duração, Biden não menciona o ex-presidente Trump - franco favorito para ser o indicado à candidatura republicana às eleições de novembro -, a quem derrotou em 2020.
Mas tendo ao fundo a música dramática da peça, aparecem imagens de cartazes pró-Trump exibidos pelos arruaceiros de 6 de janeiro, assim como uma corda com nó de forca.
Também foram incluídas fotos de supremacistas brancos com tochas em um comício em Charlottesville em 2017.
A campanha de Biden ilustra cada vez mais estas eleições como uma luta pela democracia americana contra Trump, incluindo um discurso neste sentido do presidente na Pensilvânia na sexta-feira.
Pesquisas de opinião dão um empate entre Biden e Trump apesar de o bilionário republicano, de 77 anos, enfrentar múltiplos julgamentos criminosos, inclusive um que o vincula aos atos de 6 de janeiro.
A chefe de campanha de Biden, Julie Chavez Rodríguez, disse que os republicanos "redobraram" as ameaças para minar as eleições.
"Este anúncio serve como um lembrete bastante real de que estas eleições podem muito bem determinar o destino da democracia americana", indicou Chavez em um comunicado.
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