LGBTQIA+

Ativista dos direitos LGBTQIA+ é esfaqueado em Uganda

Steven Kabuye, de 25 anos, ficou ferido após ter sido atacado em um subúrbio de Kampala, capital de Uganda, de acordo com a polícia

"Segundo Kabuye, dois indivíduos usando capacetes, em uma motocicleta, se aproximaram dele. O passageiro o atacou, atingindo o seu pescoço com uma faca", disse um porta-voz da polícia - (crédito: Editoria de arte/CB)

Duas pessoas esfaquearam um famoso ativista dos direitos LGBTQIA+ em Uganda nesta quarta-feira (3), enquanto ele estava indo para o trabalho, declararam a polícia e um ativista dos direitos humanos.

Steven Kabuye, de 25 anos, ficou ferido após ter sido atacado em um subúrbio de Kampala, capital de Uganda, de acordo com a polícia.

"Segundo Kabuye, dois indivíduos usando capacetes, em uma motocicleta, se aproximaram dele. O passageiro o atacou, atingindo o seu pescoço com uma faca", disse um porta-voz da polícia, Patrick Onyango.

"Os agressores o perseguiram e o esfaquearam no estômago, antes de deixarem-no para morrer", acrescentou, especificando que os moradores do bairro o ajudaram e o levaram para um hospital.

De acordo com o porta-voz, Kabuye se encontra estável.

Defensores dos direitos humanos já haviam alertado para o risco de ataques contra membros da comunidade LGTBQIA+ em Uganda. Em 2022, este país africano adotou uma das leis mais rígidas do mundo contra a homossexualidade.

O ativista, que trabalha para a Coloured Voices Media Foundation, uma organização que luta pelos direitos de jovens da comunidade LGBTQIA+, declarou aos investigadores que recebia ameaças de morte desde março de 2023.

Nos termos da lei adotada no país em maio de 2022, o crime de "homossexualidade agravada" pode ser punido com pena de morte ou prisão perpétua.

A norma foi denunciada por defensores dos direitos humanos e por países ocidentais.

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postado em 04/01/2024 01:57 / atualizado em 04/01/2024 01:57
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