Claudine Gay, reitora da Universidade de Harvard, renunciou ao cargo nesta terça-feira (2/1) após sofrer acusações de plágio e críticas acerca de comentários feitos por ela sobre falas antissemitas no câmpus. Gay foi a primeira pessoa preta e a segunda mulher a assumir a reitoria da Universidade e permaneceu no cargo por seis meses.
Na carta de demissão, Gay disse que não foi uma decisão fácil de ser tomada, mas que a fez pensando nos melhores interesses de Harvard. A ex-reitora desabafou: "Tem sido angustiante ter dúvidas lançadas ao meu compromisso de enfrentar o ódio e defender o rigor acadêmico".
Gay recebia pressão para renunciar ao cargo desde o mês passado, quando foi a uma audiência no Congresso americano e falou sobre a crise dos judeus. A pesquisadora repudiou os assassinatos de judeus, mas disse que os estudantes que evocam o genocídio dos judeus não estariam necessariamente descumprindo as normas contra bullying e assédio da Universidade.
"Depende do contexto", afirmou na ocasião. Em entrevista ao jornal de Harvard, ela se desculpou pela fala. "Quando palavras ampliam discórdia e dor, não sei se é possível sentir outra coisa além de arrependimento".
Plágio não confirmado por autoridades
Desde as falas, a mídia americana passou a noticiar supostos casos de plágio na produção acadêmica de Gay. O conselho de Harvard conduziu uma investigação interna e encontrou dois artigos publicados da pesquisadora em que faltavam citações adicionais. No entanto, as autoridades não consideraram que Gay violou padrões de conduta acadêmica.
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