O presidente do Egito, Abdel Fatah al Sisi, venceu a eleição presidencial do país com 89,6% dos votos, garantindo, sem surpresa, um novo mandato de seis anos, anunciou nesta segunda-feira (18/12) a Autoridade Eleitoral egípcia.
O presidente do organismo, Hazem Badawy, anunciou uma taxa de participação "sem precedentes" de 66,8%, entre 67 milhões de eleitores: mais de 39 milhões votaram em Sisi, que governa o Egito há uma década.
- Segundo grupo de brasileiros deixa Gaza e aguarda resgate no Egito
- Grupo de brasileiros em Gaza cruza fronteira com o Egito
Sisi teve três rivais relativamente desconhecidos nas eleições: Hazem Omar, do Partido Republicano do Povo, que ficou em segundo com 4,5% dos votos; Farid Zahran, líder do Partido Social-Democrata Egípcio, uma legenda de esquerda; e Abdel Sanad Yamama, do partido centenário Wafd.
Sisi está no poder desde 2013, quando derrubou o presidente islamista eleito Mohamed Morsi.
O resultado não é surpresa, depois que nas eleições de 2014 e 2018 ele recebeu 96% dos votos.
A vitória garante um terceiro mandato que começará em abril e que, segundo a Constituição egípcia, deve ser o último de Sisi.
O Egito, país de maior população do mundo árabe com 106 milhões de habitantes, enfrenta uma grave crise econômica, com inflação de 40%, uma desvalorização de 50% de sua moeda e a eliminação dos subsídios públicos sob pressão do Fundo Monetário Internacional.
Dois terços dos egípcios vivem perto do limite da pobreza.