Israel intensificou ontem os bombardeios na Faixa de Gaza, depois do fim de uma semana de trégua com o Hamas e se retirou das negociações que buscam um novo cessar-fogo no território palestino, alegando que estão "bloqueadas" as tratativas. O Exército israelense confirmou o ataque a mais de 400 alvos, dos quais 50 na área de Khan Yunis, onde o principal hospital palestino está em colapso.
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Após os bombardeios, cortinas de fumaça tomaram conta dos céus de Gaza, onde o Ministério da Saúde, governado pelo movimento extremista Hamas, informou que 240 pessoas foram mortas e 650 ficaram feridas desde que a trégua expirou há dois dias.
Ativistas pró-Israel e pró-Palestina protestaram, em Washington, nos Estados Unidos, registrando momentos de emoção quando pessoas encenaram os mortos e feridos. Em Israel, as autoridades relatam que houve mais de 40 alertas de foguetes no centro e sul do país, que não deixaram vítimas. O governo israelense também anunciou que se retirou das negociações de Doha que conduziram ao cessar-fogo de 24 de novembro, mediado pelo Catar e apoiado pelo Egito e Estados Unidos.
Os temores por um conflito regional aumentaram depois que o Ministério sírio da Defesa denunciou bombardeios israelenses perto de Damasco. Paralelamente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que revisará suas perspectivas econômicas para o Oriente Médio e a África do Norte em decorrência da guerra. Não há detalhes se as revisões serão divulgadas antes da próxima publicação de perspectivas, programada para janeiro.
A guerra começou em 7 de outubro, quando o Hamas invadiu o sul de Israel, matou 1.200 pessoas, a maioria civis. Em resposta, Israel reagiu intensamente. Segundo o Hamas, os ataques deixaram mais de 15.000 mortos, a maioria civis. Desde o início da guerra, 110 reféns foram liberados, 105 graças à trégua.
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*Colaborou Rodrigo Craveiro