Um francês de 33 anos, suspeito de assassinar a esposa e os quatro filhos em uma área próxima de Paris, admitiu os crimes e declarou que "ouviu vozes", que pediram para "causar danos", anunciou o Ministério Público na quinta-feira (28/12).
As cinco vítimas foram encontradas mortas no dia de Natal em sua residência de Meaux, 40 km ao leste da capital francesa.
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As autópsias mostram que a mãe, de 35 anos, e a filhas de 10 e 7 anos foram "vítimas de dez facadas cada", "desferidas com muita violência", explica um comunicado divulgado pelo procurador de Meaux, Jean-Baptiste Bladier.
Os meninos, de 4 anos e 9 meses, "morreram de asfixia por afogamento", acrescenta a nota.
O suspeito confirmou os ataques nos interrogatórios e declarou que não sabia "identificar o elemento que desencadeou seu ato", disse o procurador.
"Ele explicou que, desde os acontecimentos, 'não sentia nada' e 'se sentia vazio", acrescentou Bladier.
A questão do acompanhamento psiquiátrico do homem, que estava em tratamento para transtornos psicóticos e depressivos, também foi abordada.
"Ele afirmou que costumava tomar o tratamento com medicamentos diariamente, ao qual era obrigado a seguir em um contexto não judicial desde 2019, mas que não o fez no dia 24 de dezembro", explicou o procurador.
A data exata da tragédia não foi divulgada pelo MP.
Os policiais encontraram os corpos na segunda-feira (25/12) à noite em diferentes cômodos da residência da família, uma "cena de crime de grande violência", segundo o MP.
As autoridades foram alertadas por vizinhos que estavam preocupados com a falta de notícias da mãe.
O procurador Bladier solicitou a apresentação de uma acusação formal e a decretação da prisão preventiva do pai de família no âmbito da investigação aberta por "homicídios voluntários de menores de 15 anos" e "homicídio voluntário cometido pelo cônjuge".
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