JUSTIÇA DOS EUA

Gypsy Rose, que arquitetou morte da mãe após abuso, deixa prisão

Gypsy Rose e seu então namorado, Nicholas Godejohn, mataram Clauddine Blanchard, em 2015. Ela abusou da filha na infância. História inspirou série de TV

Gypsy Rose alegaou que a mãe, Claudinne, a abusava na infância -  (crédito: Reprodução/Polícia do Condado de Greene)
Gypsy Rose alegaou que a mãe, Claudinne, a abusava na infância - (crédito: Reprodução/Polícia do Condado de Greene)
postado em 28/12/2023 13:31

A história de Gypsy Rose Blanchard, 32 anos, condenada a 10 anos de prisão por ter participado do assassinato da mãe em 2015, no Missouri, Estados Unidos, ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (28/12). Presa desde 2016, ela ganhará liberdade condicional. 

Os abusos de Claudinne, conhecida pelo apelido de "Dee Dee", à filha Gypsy ocorreram durante quase toda a infância e adolescência da menina. A mãe falsificou laudos médicos e deu remédios à filha para parecer que a jovem tinha enfermidades como leucemia, distrofia muscular e outras doenças graves.

Quando soube que tudo se tratava de mentira e manipulação da mãe, Gypsy persuadiu seu namorado a assassinar a mulher.

Vídeo na rede social

Após matar a mãe, Gypsy postou sobre o feito no Facebook, o que levou a polícia a procurar o corpo dentro de sua casa. A jovem, então com 23 anos, foi encontrada próxima ao local do crime junto com seu namorado Nick Godejohn. Eles foram presos e Gypsy se declarou culpada por assassinato de segundo grau.

Síndrome de Munchausen

À época, a defesa de Gypsy argumentou que ela teria a síndrome de Munchausen — uma forma incomum de abuso em que um cuidador exagera ou induz deliberadamente doenças em uma criança para obter atenção e simpatia. 

Após matar a mãe, Gypsy alegou que sofria abuso mental e físico, e que seria submetida a outra cirurgia desnecessária. 

Falsas doenças

Quando Gypsy tinha 7 anos, sua mãe alegou falsamente que ela sofria de inúmeras doenças. Uma delas era a distrofia muscular, que, segundo Dee Dee, exigia que Gypsy usasse uma cadeira de rodas, embora a menina conseguisse andar sem problemas.

Em seguida vieram tubos de alimentação dolorosos e desnecessários e a alegação de que Gypsy tinha leucemia, razão pela qual Dee Dee raspou a cabeça de Gypsy. A mãe enganou amigos e familiares, fazendo-os acreditar que as doenças eram reais e enganou os médicos para que as diagnosticassem e tratassem.

Roteiro de cinema

Toda a história do crime inspirou a minissérie "The Act", de 2019, da Hulu, estrelada por Joey King como Gypsy Blanchard e Patricia Arquette como Dee Dee, que acabou ganhando um Emmy e um Globo de Ouro.

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