Neste sábado (23/12), um comandante do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica afirmou que o mar Mediterrâneo poderia ser “interditado” se os Estados Unidos e seus aliados continuassem a “cometer crimes em Gaza”. “[O mundo] deve esperar logo o fechamento do Mar Mediterrâneo, do Estreito de Gibraltar e de outras rotas marítimas”, ameaçou Mohammad Reza Naqdi, comandante da força militar revolucionária, conforme publicado pela agência de notícias iraniana Tasnim.
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O Irã não possui acesso direto ao Mediterrâneo, que banha a costa da Europa Ocidental, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egito, Israel, Síria e Turquia. No entanto, Naqdi mencionou o surgimento de “novas potências de resistência na região”.
União islâmica
Ainda neste sábado, os presidentes do Irã e do Egito, Ebrahim Raisi e Abdel Fattah Al-Sisi, tiveram uma reunião telefônica, na qual o presidente iraniano parabenizou Al-Sisi por seu terceiro mandato, conquistado com 89,6% nas eleições realizadas na semana passada no Egito.
Durante a ligação, os líderes discutiram a situação em Gaza e a importância da união islâmica durante o conflito, de acordo com gabinete presidencial do Irã. “Os dois presidentes concordaram em tomar ações concretas para resolver definitivamente as questões em aberto entre os dois países”, acrescentou o gabinete.
77 dias de guerra
Completam-se 77 dias do início do conflito, que se iniciou em 7 de outubro com o ataque a Israel, que fez 1.200 vítimas. Do outro lado, são quase 20 mil palestinos mortos até o momento, dos quais cerca de oito mil são crianças, segundo o Hamas.
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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) negocia ajuda humanitária à Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de pessoas. Na sexta-feira (22/12), o Conselho aprovou uma resolução para facilitar a assistência humanitária imediata e sem obstáculos na região, com 13 votos favoráveis e duas abstenções (Estados Unidos e Rússia). O chanceler de Israel, Eli Cohen, se opôs ao texto e avisou que seu país "continuará a atuar de acordo com o direito internacional e a monitorar toda a ajuda humanitária que chegar a Gaza, por motivos de segurança".
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