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ONU pressiona Israel sobre investigação por 'possível crime de guerra'

A agência disse ter recebido "informações preocupantes" sobre a morte de "11 homens palestinos desarmados" na Cidade de Gaza

Esta foto tirada em 19 de dezembro de 2023 mostra tanques israelenses passando por edifícios danificados durante uma operação militar no norte da Faixa de Gaza       -  (crédito: GIL COHEN-MAGEN / AFP)
Esta foto tirada em 19 de dezembro de 2023 mostra tanques israelenses passando por edifícios danificados durante uma operação militar no norte da Faixa de Gaza - (crédito: GIL COHEN-MAGEN / AFP)
postado em 21/12/2023 15:20 / atualizado em 21/12/2023 15:20

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos fez um apelo a Israel para que abra uma investigação sobre "a possível perpetração de um crime de guerra" por parte de seu Exército em Gaza

A agência disse ter recebido "informações preocupantes" sobre a morte de "11 homens palestinos desarmados" na Cidade de Gaza, informou em comunicado datado de quarta-feira.

Eles morreram na noite de terça-feira durante uma intervenção do Exército israelense em um prédio residencial da cidade onde várias famílias se refugiavam. 

Os soldados "separaram os homens das mulheres e crianças, e depois teriam atirado e matado pelo menos 11 homens (…) na frente de membros de suas famílias", segundo testemunhos divulgados pelo Observatório EuroMed dos Direitos Humanos. 

A agência confirmou a morte de 11 palestinos, mas especificou que as circunstâncias "estão em processo de verificação".

"As autoridades israelenses devem conduzir imediatamente uma investigação independente, exaustiva e eficaz sobre estas alegações", considerou. 

A AFP não conseguiu obter nenhum comentário das autoridades israelenses. 

Depois de mais de dois meses de guerra em Gaza, a ofensiva israelita recebe cada vez mais críticas, e a pressão internacional a favor de uma trégua se multiplica. 

As mortes de uma mãe e de sua filha pelas mãos de um soldado israelense em frente à única igreja católica em Gaza, no fim de semana passado, e as de três reféns israelenses enquanto agitavam uma bandeira branca geraram polêmica. 

Israel afirma estar aberto à ideia de uma trégua, mas exclui qualquer cessar-fogo antes da "eliminação" do Hamas, grupo considerado uma organização terrorista por este país, pelos Estados Unidos, ou pela União Europeia.

Cerca de 20.000 pessoas, a maioria mulheres e crianças, morreram em Gaza desde o início da ofensiva israelense, segundo o Hamas. 

A guerra foi deflagrada pelo sangrento ataque de 7 de outubro em Israel, quando os combatentes do movimento islamista mataram cerca de 1.140 pessoas e sequestraram quase 250. Delas, 129 ainda estão detidas em território palestino, segundo as autoridades.

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