Guerra

Morte de reféns aumenta preocupação sobre conduta de Israel na guerra

Segundo grupos de ajuda, a situação complica os esforços de resgate após os bombardeios e torna ainda mais difícil monitorar o impacto da guerra sobre os civis

Gaza permaneceu sob um corte de comunicações pelo quarto dia consecutivo, o mais longo de vários cortes ao longo da guerra -  (crédito: MAHMUD HAMS / AFP)
Gaza permaneceu sob um corte de comunicações pelo quarto dia consecutivo, o mais longo de vários cortes ao longo da guerra - (crédito: MAHMUD HAMS / AFP)
postado em 17/12/2023 19:24

Israel prosseguiu com sua ofensiva em Gaza neste domingo, 17, depois que uma série de tiroteios, incluindo o de três reféns que estavam sem camisa e agitando uma bandeira branca, levantaram questões sobre sua conduta na guerra de dez semanas. O conflito trouxe mortes e destruição sem precedentes à região.

Gaza permaneceu sob um corte de comunicações pelo quarto dia consecutivo, o mais longo de vários cortes ao longo da guerra. Segundo grupos de ajuda, a situação complica os esforços de resgate após os bombardeios e torna ainda mais difícil monitorar o impacto da guerra sobre os civis.

Israel poderá sofrer ainda mais pressão para reduzir as principais operações de combate durante a visita, nesta semana, do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin. Washington tem manifestado um crescente desconforto com as vítimas civis e com o deslocamento em massa de 1,9 milhão de palestinos, quase 85% da população de Gaza, apesar de os EUA terem fornecido apoio militar e diplomático vital para Israel.

A guerra aérea e terrestre arrasou vastas áreas do norte de Gaza e levou a maior parte da população para a parte sul do território sitiado, onde muitos estão amontoados em abrigos lotados e em barracas de acampamentos.

Israel continua a atacar o que segundo o governo são alvos militantes em todas as partes de Gaza. O Estado prometeu continuar as operações até desmantelar o Hamas, como o mencionado após o ataque ao sul de Israel, que desencadeou a guerra em 7 de outubro, com a morte de 1,2 mil pessoas, a maioria civis. Ao mesmo tempo, o Estado prometeu devolver os cerca de 129 reféns ainda detidos em Gaza. 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

-->